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uma bibliografia de trazer por casa
Nouwen, Henri. O Esvaziamento de Cristo. 2007. Lisboa: Paulinas
Ilustrações de Pe. Sieger Köder
(...)
Amostras:
Não chegaremos a conhecer a nossa verdadeira vocação na vida, a menos que estejamos dispostos a aceitar o apelo radical que o Evangelho nos faz. (pág. 17)
O discípulo é aquele que segue Jesus no seu caminho de esvaziamento, entrando, assim, com Ele na sua nova vida. (pág. 30)
Algures, no fundo dos nossos corações, nós já sabemos que o êxito, a fama, a influência, o poder e o dinheiro não nos transmitem a alegria e a paz interiores por que ansiamos. (pág. 31)
O caminho do esvaziamento é o caminho de Deus, e não o nosso. (...) O grande mistério sobre o qual se baseia a nossa fé é que aquele que não é de maneira nenhuma igual a nós, que não pode ser comparado connosco, nem entrar em competição connosco, desceu ao meio de nós e assumiu a nossa carne mortal. (pág. 34)
Quando Jesus morreu na cruz, os discípulos experimentaram um sentimento profundo de perda e fracasso. Pensavam que tudo tinha acabado e uniram-se uns aos outros, temendo serem tratados da mesma fora que Jesus fora tratado. (pág. 37)
O mundo, porém, é o lugar por onde o Maligno vagueia. É a morada do tentador que quer arrebatar-nos de Deus e fazer-nos retomar a via do movimento ascendente. Temos de nos confrontar e lidar com este tentador olhos nos olhos. Assim como Jesus foi enviado pelo Espírito para o deserto para ser tentado, também nós o somos. Pode ser que a verdadeira qualidade da nossa vida espiritual só possa ser reconhecida frente às nossas tentações. (pág. 45)
Da tentação do Ser
Esta tentação toca o âmago da nossa identidade. Numa diversidade de formas somos levados a acreditar que somos aquilo que produzimos. Isto leva a que nos preocupemos apenas com produtos, resultados visíveis, bens tangíveis e progresso.
A tentação da influência pessoal é difícil de sacudir visto que habitualmente não é considerada uma tentação mas uma chamada. Convencemo-nos a nós próprios que somos chamados a sermos pessoas produtivas, bem sucedidas e eficientes, cujas palavras e ações mostram que trabalhar para o Reino de Deus é, no mínimo, uma ocupação tão digna como trabalhar para a General Electric, para a Mobil Oil ou para o governo (pág.s 46 e 47)
Da tentação do Ter
… nós, que temos sido espetadores a maior parte da nossa vida, mal podemos conceber que o que é desconhecido, insignificante e oculto possa ter algum valor. (pág. 53)
A tentação de ser poderoso, forte
O poder pode assumir muitas formas: dinheiro, contactos, fama, capacidade intelectual, aptidões humanas. Tudo isto são formas de alcançar um certo sentido de segurança e de controlo, e de reforçar a ilusão de que poderemos dispor da vida à nossa vontade. (…) O poder cobiça sempre um poder maior, precisamente por ser uma ilusão. Apesar da nossa experiência de que o poder não nos transmite a sensação de segurança que desejamos, revelando, pelo contrário, as nossas próprias debilidades e limitações, continuamos a convencer-nos a nós mesmos de que um poder maior acabará por satisfazer as nossas necessidades.
…o mistério do nosso ministério é sermos chamados a servir, não com o nosso poder, mas com a nossa impotência. (pág.s 58 e 59)
A disciplina da Igreja
A disciplina da Igreja é a disciplina pela qual nós, como um povo, representamos o Cristo vivo, no tempo e no espaço. Este Cristo vivo não é apenas uma pessoa, mas um acontecimento. Cristo é Aquele que nasceu, viveu, morreu e ressuscitou dos mortos, e que nos enviou o Espírito. Cristo é Deus a agir na história humana. É este mistério do Cristo-acontecimento que se torna visível na disciplina litúrgica da Igreja. (pág. 71)
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